A infraestrutura urbana é um dos pilares fundamentais para garantir qualidade de vida e bem-estar à população. No entanto, quando obras essenciais são interrompidas sem explicação, os transtornos podem ser imensos. Esse é o cenário enfrentado pelos moradores do Loteamento Estela Márcia, no bairro Padre Cícero, em Petrolina (PE).
Veja o vídeo nas nossas redes sociais. Clique AQUI.
O Vale Quer Saber esteve na comunidade para ouvir os relatos dos moradores sobre a paralisação das obras de saneamento básico, que têm causado impactos diretos no cotidiano de quem vive na região. Desde ruas esburacadas até problemas com a proliferação de insetos e esgoto a céu aberto, a situação tem gerado revolta e preocupação entre os moradores.
Obras começaram, mas foram interrompidas sem explicação
De acordo com a moradora Marinalda Nunes Magalhães, as obras de saneamento no loteamento tiveram início em setembro do ano passado. Apesar do ritmo lento, os trabalhos estavam em andamento, trazendo uma expectativa positiva para a população, que há muito tempo aguardava melhorias na infraestrutura local.
Contudo, no final de janeiro, a obra foi abruptamente interrompida. Desde então, nenhum funcionário voltou ao local e as máquinas foram retiradas, deixando para trás um cenário de abandono e insegurança.
O problema é que os canais de esgoto ficaram abertos, criando crateras e dificultando a mobilidade dos moradores. Além disso, ruas que antes eram transitáveis agora se tornaram verdadeiros obstáculos, principalmente para idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida.
Transtornos diários e risco para a saúde
A paralisação das obras trouxe uma série de impactos negativos para os moradores do Loteamento Estela Márcia. Além da sujeira acumulada e do entulho espalhado pelas ruas, a situação gerou um aumento significativo na presença de insetos e animais peçonhentos na região.
“Está um caos. Antes já sofríamos com a poeira e a falta de infraestrutura, mas agora temos baratas, ratos e até escorpiões invadindo as casas. Estamos convivendo com um problema de saúde pública”, desabafa Dona Marinalda.
Outro agravante apontado pelos moradores é o impacto das chuvas. Sem um sistema adequado para drenagem e com as obras inacabadas, a água da chuva se mistura ao esgoto, formando verdadeiras poças de água contaminada nas ruas.
“A água fica empossada, sem ter para onde escoar. Com isso, além do mau cheiro, aumenta o risco de doenças, como leptospirose e dengue. Precisamos de uma solução urgente”, alerta a moradora.
Falta de respostas da Compesa
Diante da incerteza e do agravamento dos problemas, os moradores buscaram informações junto à Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento). No entanto, segundo Dona Marinalda, até agora não houve qualquer resposta oficial sobre os motivos da interrupção ou sobre a possível retomada dos trabalhos.
“Já liguei para o disque-denúncia da Compesa, mas eles disseram que não era uma denúncia. Perguntei o que fazer, se deveria procurar a Justiça, mas não me deram nenhuma orientação. Apenas tiraram as máquinas e os trabalhadores sem dar satisfação“, denuncia a moradora.
A falta de informação por parte da empresa responsável gera ainda mais indignação entre os moradores, que se sentem abandonados pelo poder público. Sem um posicionamento oficial, a população segue convivendo com os impactos da obra inacabada e sem saber quando o problema será resolvido.
Obra paralisada reflete um problema maior
A situação vivida pelos moradores do Loteamento Estela Márcia não é um caso isolado. A falta de infraestrutura e a paralisação de obras públicas são problemas recorrentes em diversas cidades brasileiras, especialmente em regiões mais afastadas dos centros urbanos.
Obras de saneamento básico são fundamentais para garantir saúde e qualidade de vida à população. A ausência desse serviço não só prejudica o dia a dia dos moradores, mas também expõe a comunidade a riscos ambientais e sanitários.
Além disso, a falta de transparência e o descaso por parte dos órgãos responsáveis agravam ainda mais a situação. Obras inacabadas significam dinheiro público desperdiçado e um ciclo de problemas que se perpetua sem solução.
Moradores cobram providências
Sem respostas e vivendo diariamente os transtornos causados pela obra inacabada, os moradores do Loteamento Estela Márcia seguem cobrando providências. A população exige que a Compesa e as autoridades responsáveis se pronunciem e apresentem um prazo para a retomada e conclusão dos trabalhos.
Enquanto isso, a comunidade segue enfrentando dificuldades, lidando com ruas esburacadas, esgoto a céu aberto e o risco de doenças. A incerteza sobre o futuro da obra gera um sentimento de frustração e abandono, mas os moradores não pretendem desistir de buscar soluções.
O Vale Quer Saber continuará acompanhando o caso de perto, buscando esclarecimentos junto às autoridades e dando voz à população.
Se você também enfrenta um problema parecido ou quer denunciar alguma situação, entre em contato conosco. Juntos, podemos cobrar mais transparência e mudanças para nossa comunidade.
