A gestão da ex-prefeita Suzana Ramos (PSDB) em Juazeiro deixou um rastro de polêmicas e denúncias que continuam reverberando no cenário político local. Um dos episódios mais controversos envolve o pagamento de R$ 150 mil à própria ex-prefeita e a alguns secretários no apagar das luzes de sua administração, enquanto inúmeros funcionários do SAAE, da Educação, da Saúde e de outras secretarias ficaram sem receber suas rescisões trabalhistas.
Além disso, alguns secretários que receberam o montante enfrentam o risco de serem acionados judicialmente para devolver os valores aos cofres públicos, segundo o Tribunal de Contas.
Obras inacabadas e desperdício de recursos
Outro destaque negativo da administração foi a inauguração da obra inacabada da feira livre do bairro Alto do Alencar. O projeto, orçado em quase R$ 1 milhão, ficou sem cobertura, boxes, sanitários, calçadas e barracas padronizadas. Para agravar a situação, o recurso veio de emenda do deputado federal Adolfo Viana (PSD), aliado político da ex-prefeita.
Infraestrutura em colapso
A má gestão se estendeu para outros setores essenciais da cidade. A estrutura do IPJ, do SAAE, do Mercado do Produtor, da saúde e da educação foi deixada em estado crítico. A sede pelo dinheiro público parece ter ultrapassado os limites, resultando em uma cidade suja, cheia de dívidas e problemas estruturais.
O pedido de socorro ao Governo do Estado
Diante de um cenário de caos e desorganização, o atual prefeito Andrei da Caixa (MDB) precisou recorrer ao Governo do Estado para lidar com os desafios deixados pela administração anterior, uma atitude sem precedentes na história política de Juazeiro.
A crise tucana superou até mesmo gestões criticadas como as de Zé Padilha e Joseph Bandeira, marcando uma das administrações mais escandalosas nos 147 anos de emancipação política do município.
Com a população de Juazeiro aguardando soluções, a pergunta que fica é: como reverter os impactos de uma gestão tão problemática e recuperar a confiança nos serviços públicos?