O governador Jerônimo Rodrigues (PT-BA) comentou o processo de abertura de uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) por parte da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para apurar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) na Bahia. A iniciativa foi assinada na última semana pela presidente da Casa, a deputada estadual Ivana Bastos (PSD).
Questionado nesta quinta-feira (10) sobre a instalação, o governador não se opôs à apuração de possíveis irregularidades. No entanto, ele cobrou “coragem” para que a Alba faça uma investigação sobre empresas que gerem o lixo em municípios baianos.
“A Assembleia é autônoma. A Constituição estabelece que tenha que ter essa autonomia. Eu fico sempre meditando sobre as atitudes de alguns deputados, o que é natural. Não estou aqui dizendo que não é para fazer. Mas existem outras decisões que a Assembleia poderia tomar”, disse o petista.
“A Assembleia podia fazer uma CPI sobre as empresas de Lixo na Bahia. Podia fazer para ver se conseguiria alguma coisa. Faça a do MST, o que for preciso, mas é uma sugestão. De repente a Assembleia possa ter coragem de criar uma CPI para descobrir sobre as empresas do Lixo”, acrescentou o governador.
O governador fez uma alusão à operação Overclean, conduzida pela Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que têm como alvo um esquema de desvio de dinheiro público por meio de envio de emendas parlamentares. Um dos investigados é o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”.
Moura já havia sido preso na primeira fase da operação e é apontado pela PF como líder de uma esquema de desvio de dinheiro público na casa de R$ 1,4 bilhão em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele chegou a ser alvo em uma nova fase da operação deflagrada na última quinta-feira (3)
Fonte: Bnews