A escalada tarifária entre Estados Unidos e China ganhou novos capítulos e reforça que a guerra comercial ainda está longe de um desfecho. Com sucessivos anúncios de novas taxas e contra-medidas, entender a cronologia dos acontecimentos ajuda a decifrar esse cenário volátil.
📅 20 de janeiro – Donald Trump assume a presidência dos EUA anunciando sanções tarifárias contra México, Canadá e China.
📅 4 de fevereiro – As primeiras tarifas são implementadas: 25% para México e Canadá, e 10% para a China.
📅 3 de março – As taxas sobre produtos chineses sobem para 20%.
📅 2 de abril – Trump endurece ainda mais a política: impõe tarifas de reciprocidade a 185 países e eleva em mais 34% as taxas para a China, totalizando 54%.
📅 4 de abril – A China reage com uma tarifa de 34% sobre mercadorias americanas.
📅 8 de abril – Os EUA revidam e ampliam a carga tarifária sobre produtos chineses para 104%.
Ontem, a disputa ganhou novos desdobramentos: a China elevou suas tarifas sobre produtos dos EUA para 84%, e Trump respondeu com mais um aumento — agora, as taxas sobre produtos chineses chegam a 125%. Por outro lado, o governo americano reduziu as tarifas de reciprocidade para os demais países a 10% e suspendeu por 90 dias a aplicação das taxas para as nações que não adotaram medidas de retaliação.
Outro ator entrou na cena: a União Europeia, que impôs uma nova tarifa de 25% sobre uma série de produtos americanos — medida que pode gerar um impacto econômico de até 20 bilhões de euros.
O papel do bloco europeu, aliás, pode se mostrar decisivo nos próximos movimentos dessa complexa disputa, já que a UE mantém laços comerciais robustos com os dois lados do conflito.
Redação: OVQS