O governo cortou, o agro cobrou e agora a história ganhou um novo capítulo. Depois de sofrer pressão do agronegócio, Haddad anunciou um crédito de R$ 4 bi para o Plano Safra.
Contextualizando… O Plano Safra 24/25, o maior da história com R$ 476 bilhões previstos, sofreu um baque na semana passada com suspensão das linhas de crédito subsidiadas ao setor agro. Falamos disso na sexta — relembre aqui.
A paralisação gerou um problema imediato e inesperado. Muito provavelmente, sem acesso a crédito barato, produtores rurais teriam dificuldades para bancar custos e investimentos, tendo que repassar os custos, impactando nos preços.
A pressão das associações e players do setor veio rápido. Foi então que, para acalmar os ânimos, Haddad anunciou a MP com o crédito emergencial de R$ 4 bilhões.
O desenrolar da situação: Para evitar uma possível interpretação de “pedalada”, por ter liberado recursos fora do orçamento, o governo decidiu, recorrer ao crédito extraordinário — que passa por fora do arcabouço fiscal.
Enquanto o governo garante que os financiamentos serão retomados já na próxima semana, o agro segue desconfiado das intenções e dos planos do Lula III para o setor.
Só em 2024, o agronegócio correspondeu a 22% do PIB do Brasil, porcentagem que só reforça como decisões sobre crédito rural afetam não só os preços nas prateleiras, mas também toda a nossa economia.
